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sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Principio Econômico em Reich e a Questão da Consciência: (Parte I- até pag 77)

·         Periodo pré-psicanalitico > Breuer & Freud > sugestão hipnótica como via de acesso a memórias traumáticas >  angustia como decorrência de intercurso sexual insatisfatório ou ausente> método catártico > liberação de afetos estrangulados pela repressão provendo acesso a consciência e sua conseqüente expressão > remissões sintomáticas e de curta duração > insuficiência do método na promoção de mudanças significativas na estrutura psicológica da pessoa > sujeito não se apropriava da experiência vivida > dependência à autoridade do hipnotizador

·         Freud > método de associação de idéias > tornar consciente o significado inconsciente dos sintomas através da interpretação direta dos conteúdos ideativos disfarçados na metalinguagem da atividade mental consciente > limites: o sucesso dependia da disponibilidade do paciente em aceitar as colocações do analista > resistências inconscientes à tomada de consciência relativa a certos aspectos de sua subjetividade > adaptação do método: eliminação das resistências > tomada de consciência  e persistência dos sintomas : os sintomas poderiam desaparecer mas não tinha necessariamente que desaparecer > tomada de consciência como a pré condição indispensável da cura mas não contribuía especificamente para a mesma

·         Reich > “Que outros fatores eram necessários para que o sintoma desaparecesse? Que outras condições decidiam se a tomada de consciência levariam ou não à cura?” > fator econômico por trás da formação do sintoma não se encontra na carga emocional retida no pré-consciente e sim barrado pelas resistências oferecidas pelos traços de caráter > para ele a hipótese freudiana afastava-se cada vez mais do aspecto econômico aportado na 1ª teoria da libido - sem relação com a economia somática dos Isex  (o território somático é concebido como mera fonte de excitações), impulsos descolado do ambiente (o fluxo dos acontecimentos psíquicos e a angustia deixam de se referenciar na antítese básica entre as necessidades e o mundo exterior / recuo apolitico) , o inconsciente é estruturado como linguagem, a pulsão de morte definida como a pulsão por excelência e de origem transcendental, independência das pulsões em relação a metas fixas e o “acaso pulsional” > “Com que impulsos e com que novas relações estamos lidando? Faz alguma diferença com que tipo de estrutura libidinal o paciente deixa a analise? >” relação entre as varias antíteses impulsionais mais do que meramente acidentais, derivadas umas das outras dialeticamente. Trata-se apenas de compreender qual é a antítese original e como o desenvolvimento das antíteses subseqüentes tem lugar”

·         Caso do jovem camareiro tratado por Reich em 1920 > método analítico > Seminário Técnico dirigido por Hitschmann>  ‘exata elucidação da cena traumática primaria’ e ‘exatidão e perfeição do trabalho analítico’ > insatisfação de Reich devido a não remissão dos sintomas ( falta completa de ereção, estoicismo, extrema docilidade e tranqüilidade) > “bloqueio emocional” > a dificuldade central do caso não se encontrava na formação sintomática e sim na própria atitude caracterial (o modo global de ser do individuo) > evolução da técnica/ método reichiano desde a psicanálise convencional à analise do caráter (com a estimulação da livre expressão de impulsos agressivos e hostis) e desta à  vegetoterapia caractero analítica (VCA) >

·         Interpenetração dialética da aparente dualidade da dinâmica impulsional em termos da identidade funcional entre os Iac e Isex > a estrutura de caráter é uma cascata de formações reativas > circuitos básicos de medo/ansiedade – do qual o estado subjetivo da angústia psíquica constitui uma expressão no plano da consciência – priorizam uma escalada de comportamento defensivo que vai da inibição comportamental (freezing) à fuga, e desta à agressão defensiva ( neurociências) > correlatos da pulsão de vida em estado de autopreservação (Iac) e, em ultimo recurso, a agressão defensiva: PM=Iac/Isex; neste caso a agressão defensiva implica em ação alocêntrica (Isex) > formulação freudiana da fusão entre as pulsões de vida e a pulsão de morte? > o estado de ambivalência aparece não como sintoma, mas como efeito da constituição da própria estrutura caracterológica.

2 comentários:

  1. O que é o Isex que aparece no texto?
    abraços

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  2. Isex= Impulsos Eróticos; Iac= Impulsos de auto conservação; PM= Pulsão de Morte.

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