Pesquisar este blog

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Temperamento, subjetividade e energia

Dúvidas que ficaram de ontem:

Temperamento e subjetividade
_Qual a relação entre temperamento e subjetividade?

_Para a PN, a subjetividade está no corpo. E onde está o temperamento?

_Por que o temperamento é imutável? De onde ele vem, o que o compõe e determina?


Energia, paradigma energético, corpo energético
_Ainda não consigo internalizar direito o que é exatamente esse paradigma, o que é o "corpo energético". É possível explicar um pouco mais? Navarro também é orientado pela energia?

_Onde/como/por que se dá o "rompimento" com o paradigma energético na PN?


Acredito que até a próxima quarta comaprtilharei mais dúvidas.

Beijos em todos.

3 comentários:

  1. Oi Maíra,

    A subjetividade "emerge" do sistema de relações que inclui o cerebro como um todo, tanto em seus aspectos qualitativos ( consciencia, atenção, memorias,aprendizado, capacidade de sentir e "dar-se conta",...)quanto em seus aspectos filogeneticos, estrurais/topograficos/funcionais.Incluem-se aqui as proprias caracteristicas dos neuronios com suas dinamicas inter/intracelulares. O ambiente é co-autor. Somos seres "biopsicosociais".

    Já o temperamento emerge do sistema neuro-endocrino e é bastante influenciado/temperado, em fases bastante sensíveis à influências ambientais, e principalmente pelo proprio temperamento da mãe biologica. Esta fases são a fecundação, a nidação,a gestação e a neo-natal(10/15 primeiros dias pós-natal). As tres primeiras são "intra-uterinas".

    Mesmo afirmando em aula que o temperamento não muda e o que o muda é nossa relação com ele faço isso como uma forma de enfatizar esta dinâmica. Como proposta psicoterapica considero esta a mais inteligente e eficaz. Posso conseguir mudar o meu temperamento mas se eu continuar sem saber lidar com ele e sua influência, talvez não ajude muito. Principalmente em momentos/situações em que esta capacidade/competencia faça toda a diferença. O temperamento "está" no cérebro. Sua mudança esta limitada a suas proprias leis de entropia e neuroplasticidade. O temperamento é "o caldo/molho neuroquimico". É parte deste sistema de onde emerge nossa subjetividade.

    Continua...

    ResponderExcluir
  2. Para o inicio de uma reflexão mais consistente e quiçá mais profunda sobre a 2ª parte da resposta, sugiro inicialmente a visita ao link da wikipedia sobre o conceito de Paradigma e a relação com seu "divulgador" principal:Thomas Kunh.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Kuhn

    ResponderExcluir
  3. Oi, Fabian, obrigada pela resposta.

    Li sobre Kuhn no link que vc enviou. Entendi ainda melhor o conceito de paradigma, porém o último parágrafo me confundiu um pouco:
    "Para Kuhn a ciência é subjectiva evolui de modo a aproximar-se da verdade. Esta aproximação é feita pela substituição de teorias, paradigmas que são segundo Karl Popper objectivamente melhores que a teria ou paradigma anteriores, sendo assim a ciência segundo Popper objectiva. Mas Kuhn critica este ponto de vista e afirma que dois paradigmas são incomensuráveis, e tambem para um paradigma ser melhor que outra tinha de ser objectivamente melhor que o anterior mas isso não acontece pois os factores que levam a escolher um paradigma e desfavorecimento do anterior são factores subjectivos. Sendo assim a ciência não objectiva pois as escolhas que levam a evolução da ciência são meramente subjectivas."
    Talvez tenha sido o "meramente" antes do subjetivas. Há algo a comentar sobre isso?

    De qualquer maneira, o que verdadeiramente me confunde é o conceito de "energia" em Reich (e Navarro?). Não consigo captar exatamente onde/por quê a PN rompe com este paradigma para estabelecer outro.
    Acredito que falaremos ainda sobre isso ao longo, certo?

    Beijo,
    Maíra

    ResponderExcluir